terça-feira, 28 de junho de 2011

Abrolhos: Conheça este Paraiso

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Abrolhos – Foto: Marcello Lourenç

Situado a 70 km de Caravelas, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos é uma ótima opção de viagem. O arquipélago de Abrolhos é o mais antigo parque nacional marinho da América do Sul e é formado por cinco Ilhas: Guarita, Sueste, Siriba, Redonda, Santa Barbara ( sob o controle da Marinha do Brasil)e ainda o recife de timbebas e possui mais de 930km. Em 2010 o Parque recebeu também o reconhecimento como Sítio Ramsar, um tratado firmado por governos de diversos países que estabelece uma ação nacional e uma cooperação internacional para a conservação e uso racional das zonas úmidas mundiais e de seus recursos naturais. O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos possui um área de mais de 930 km².


Há uma versão para o nome de abrolhos – Segundo tradição nos meios náuticos, o nome Abrolhos provém da advertência Abra os Olhos, contida em antigas cartas náuticas portuguesas, aos navegantes daquela região, devido aos perigos que ela oferece dada a grande quantidade de recifes submersos.



Em cada pedacinho de Abrolhos o visitante encontra beleza inigualável. A vista do conjunto de ilhas é impressionante, o Farol e as casas da ilha Santa Barbara compõem o cenário perfeito, a diversidade de espécies de aves marinhas impressionam, a biodiversidade de peixes e espécies de corais são um caso aparte neste conjunto.


Abrolhos é diversão garantida para toda a família, pois justamente no mês de junho coincidindo com as férias escolares é que Abrolhos recebe a visita das Baleias Jubarte que por sua vez dão show com seus saltos e exibição de nadadeiras. Através de trilha na ilha Siriba, o visitante toma consciência da fragilidade do ecossistema local, num agradável e amigável contato com os atobás, grazinas e fragatas.



Aves Marinhas: Grazina e AtobáPor estar sempre entre os cincos melhores pontos de mergulho do Brasil, Abrolhos é muito visitada por adeptos desta pratica esportiva que se encantam com os vários pontos de mergulho ao redor do Parque. Entre naufrágios, chapeirões, grandes cardumes de peixes e vários tipos de corais Abrolhos encantam a todos.

Em Abrolhos não existe hotéis ou pousadas para pernoite, isso pode ser feito em embarcações chamadas de Liveaboards que não perdem em nada para hotéis da região ou ainda através de embarcações que fazem o passeio no estilo chamado bate-volta.

 






Durante três dias o CaravelasNews ficou “hospedado “ no TITAN, embarcação com mais de 22 metros que hospeda 16 pessoas em pernoites de 2 ou 3 dias, só para ter uma idéia do luxo desta embarcação uma das suítes possui até banheira.



O CaravelasNews coletou bastante material e fará uma série matérias apresentando Abrolhos como tema, estas matérias só foram possíveis graças ao apoio da Apecatu Expedições.




fONTE. Caravelasnews.

Chegada das Baleias a abrolhos é destaque na revista Cidadania e Meio Ambiente

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Em sua edição de numero 33 a revista Cidadania e Meio Ambiente traz uma matéria sobre a chegada das Baleias Jubarte ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.


Além de citar a ligação entre abrolhos e as Jubarte a revista mostra ainda um tipo de turismo que atrai muitas pessoas: O Turismo de Observação de Baleias.


Localizado a 66 km da cidade de Caravelas, no sul da Bahia, o Arquipélago de Abrolhos representa a principal área de reprodução e cria de baleias Jubarte no Oceano Atlântico Sul Ocidental. As cinco ilhas que formam o arquipélago funcionam como um verdadeiro porto seguro para a espécie, oferecendo águas claras (em determinadas épocas do ano a visibilidade das águas pode chegar a incríveis 15m) e rasas, além de quentes, com temperaturas variando entre 24ºC e 28ºC.
Foto retirada da Internet

Observação de baleias

Todos os anos, um grande contingente de baleias Jubarte (aproximadamente 7,2 mil indivíduos) chegam à costa brasileira, migrando para o Arquipélago de Abrolhos entre os meses de junho a novembro, onde permanecem principalmente nos meses de setembro, outubro e novembro. É muito comum nesse período observar diversificados comportamentos desses cetáceos – batidas de nadadeiras peitorais e caudal, saltos parciais e totais, além daqueles diretamente relacionados à corte e à reprodução.

Durante a permanência da espécie em Abrolhos, no período de acasalamento e de disputas, grandes grupos de baleias se reúnem temporariamente na região. Nessa ocasião, os machos – geralmente tranquilos nas áreas de alimentação junto aos polos – tornam-se extremamente agressivos. Afinal, para eles, o objetivo e meta principais desses encontros e eventos é a conquista de fêmeas, e o consequente acasalamento.

O turismo de observação de baleias ou “whale watching” é uma modalidade em crescimento em diversas regiões do mundo, como consequência direta do fim das atividades de caça aos cetáceos ao longo de suas áreas de ocorrência e do aumento gradual das populações de várias espécies. Fato que permite a um número crescente de observadores o contato com esses mamíferos fascinantes. A observação de baleias começou na década de 1940, na costa oeste dos Estados Unidos e, hoje, gera muito mais recursos do que a atividade baleeira jamais produziu.

No Brasil, essa atividade vem se intensificando nos últimos anos nas áreas costeiras da rota de migração, caso da região de Arraial do Cabo (RJ) e principalmente no Arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia. A partir de Nova Viçosa, Alcobaça e Caravelas, a cada temporada de “visita dos cetáceos”, centenas de pessoas rumam a Abrolhos para ver de perto as baleias Jubarte.


Fonte; Caravelasnews.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

HOMENAGEM AO GRANDE DEFENSOR DA VIDA

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José Koopmans: uma homenagem através de trechos de homenagens


Por racismoambiental, 06/06/2011 08:42



“(…) antes de tudo era uma pessoa afetiva, holandês que se tornou baiano e que lutou e denunciou a invasão da monocultura dos eucaliptos e a tristeza e sofrimento do povo pobre que é obrigado a lhes ”dar lugar”. Padre Zé ou simplesmente Zé permanecerá conosco para sempre! Com o povo da roça, com o povo da periferia, com os trabalhadores e trabalhadoras rurais, com os indígenas, a quem tanto amou!” (Geralda Soares, de Araçuai)

Koopmans travesso - Jose Koopmans era o diabo encarnado/ O diabo que veio das oropa/ O danado, o travesso a burilar as falsas verdades da igreja/ O aventureiro, o maldito, a fervilhar as rezas do capital/ O roqueiro, o caminhante, a trilhar os caminhos negados pela ironia/ O simpático, o desdenhoso, a desconfiar dos índices sociais/ O inconformado, a invadir plenárias da injustiça e denunciar o medo./ José Koopmans era um José, Daqueles que o capitalismo tenta devorar e não conseguiu E por não conseguir, o chamam de fracassado e mentem ao seu respeito. Padre José, como era conhecido por uns, Era um camarada de luta, por vezes acreditou no partido/ Leu e releu poemas de Brecht, mas deixou de lado a crença no partido/ E viu que o partido já era, pois as lutas estavam nas ruas e no corpo/…/ Jose Koopmans era um José/ E como tantos José no Brasil, tinha esperança. (Por Sumário Santana – GrupoViola de Bolso de Eunápolis)

“(…) Nós o queremos como um companheiro; / Um compartilhador do amor…/ Um repartidor de ideias…/ Um semeador de resistências;/ Um formador de consciências/ E um construtor de utopias./ Não esqueçamos porém,/ Que no seu peregrinar também/ Ele silenciosamente nos via./ Nos via das alturas do altar/ E nas baixuras do lutar./ Nos via por trás da hierarquia/ Nos via, nos via, nos via…/ E sorria e sofria…” ((Trecho do poema “Fiquemos com as lembranças e com os compromissos”, de Ademar Bogo, do MST).

“(…) Não existe um homem branco que seja mais índio, que seja mais negro do que este. Assim como também não existe quele que cuide tanto do próximo, seja qualquer criança, jovem ou adulto, que seja excluído, perseguido. … E todos faremos justiça ao seu legado. Tudo o que você nos deixa, nós continuaremos!” (Carolina Ranciaro)


“(…) Vai companheiro, vai fundir-se com a mãe terra, já que a vida inteira tomou-a em defesa, sem jamais transigir. Agora, Tu e Ela, uma só matéria. Vai companheiro, aninhar-se nos braços da Lua, pois tua luta nunca será olvidada, teu grito profético contra a destruição e mercantilização da natureza, tua fúria lúcida contra a corrupção de políticos vigaristas de todos os matizes, corrupção que mata e subtrai a vida de milhares de pessoas, teu profundo senso de justiça, tantas vezes motivo de perseguição pela Igreja Vaticana a que pertences, que, com suas estruturas conservadoras e truculentas, o cerceava; mas não é o evangelho que diz ‘Felizes os que tem fome e sede de justiça’(…)”? (Aliomar Rabelo Cesar)

Os trechos acima foram recortados de textos e/ou poemas maiores, enviados por Ivonete Gonçalves para a lista do GT Combate ao Racismo Ambiental ou diretamente para este Blog. Pedimos a compreensão de seus autores pela publicação parcial, já que fazê-lo na íntegra inviabilizaria a justa

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mata Atlântica do NE: rica em diversidade e ameaçada

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Quatro das cinco regiões onde mais se encontram espécies endêmicas da Mata Atlântica estão localizadas na porção nordestina do bioma, onde, apesar da rica biodiversidade, há poucas ações de conservação. A falta de cuidados fez com que cerca de 92% da Mata Atlântica do Nordeste fosse destruída, mas nem tudo está perdido: o movimento Amane provou que, com a ajuda da população local, é possível recuperar o bioma na região em pouco tempo

Da Bahia ao Piauí, passando por outros seis estados da região, a porção de Mata Atlântica Nordestina corresponde a cerca de 28,8% de todo o território do bioma e abriga quatro dos cinco principais centros de endemismo da Mata Atlântica - ou seja, regiões que, além de serem consideradas as mais ricas em biodiversidade do bioma, abrigam uma grande quantidade de espécies endêmicas.

Os dados foram divulgados pela Amane - Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste e revelam uma área que merece proteção, mas que, apesar da sua importância, recebe pouca atenção do governo e, também, de entidades do terceiro setor. A primeira organização a focar seus esforços, exclusivamente, na preservação e restauração da Mata Atlântica nordestina foi a própria Amane, fundada em 2005 por oito ONGs, nacionais e internacionais, indignadas com a situação da região.

Segundo levantamento realizado por elas, a falta de cuidados fez com que a área passasse a ser explorada, de forma intensa e irresponsável, pela população e empreendimentos locais, o que resultou na destruição de cerca de 92% da Mata Atlântica nordestina. Hoje, restam, apenas, 19.427 km² do bioma na região - dos 255.245 km² originais - e dezenas de espécies que vivem no local já estão, oficialmente, ameaçadas de extinção, dando à Mata Atlântica nordestina o título de uma das regiões mais degradadas do bioma.

No entanto, o trabalho da Amane - que atua na região há cerca de seis anos - provou que, com ações bem planejadas, é possível recuperar a região em pouquíssimo tempo. Atualmente, a associação realiza uma porção de projetos na região e um dos mais bem sucedidos é o Programa de Desenvolvimento Sustentável para o Assentamento Pacas, implantado no município de Murici, em Alagoas.

A ação reeducou as 85 famílias que moram no assentamento - localizado no entorno do Complexo Florestal de Murici -, para que passassem a utilizar a floresta de forma sustentável. "Eram cerca de 780 pessoas muito humildes, que queriam fugir da economia escravocrata da região, baseada na cana-de-açúcar, mas que não faziam ideia de como manejar, de forma adequada, os recursos naturais que a floresta disponibiliza. A mata era vista por eles como local de despejo de resíduos e caça predatória. Muitos vendiam, ilegalmente, aves raras nas feiras locais para conseguir dinheiro", contou Maria das Dores Melo, que é coordenadora da Amane, durante o evento Viva a Mata 2011.

Após a ação de reeducação realizada pela Amane, a população do assentamento Pacas passou a produzir orgânicos, que eram vendidos nas feiras locais da cidade, gerando renda para as famílias. A iniciativa deu tão certo que os moradores fundaram a COOPF - Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar Camponesa e, hoje, têm contrato com a prefeitura de Murici para fornecer merenda escolar orgânica para todas as escolas públicas do município.

"O programa ajudou, inclusive, a diminuir a discriminação que o governo e a própria população tinham com os moradores do assentamento. Antes, eles eram vistos como ‘sem-terras acomodados’ e, hoje, além de serem ‘produtores de agricultura familiar’, mantêm uma ótima relação com todos", disse Maria das Dores. "O resultado não podia ser melhor. Claro que ainda há caça e desmatamento na região e é preciso fiscalizar constantemente, mas a pressão antrópica no Complexo Florestal de Murici diminuiu muito, porque hoje eles entendem que precisam da floresta", concluiu.

Para conhecer os outros projetos da Amane - que é formada pelas ONgs Cepan, SNE, IARBMA, CI-Brasil, TNC, Save Brasil, WWF-Brasil e Fundação SOS Mata Atlântica -, acesse o portal da associação.