sexta-feira, 25 de março de 2011

Estudo inédito ajuda na gestão de exploração de peixes ameaçados

0 Comentários
Um artigo científico publicado recentemente na revista Scientia Marina traz os resultados de uma pesquisa que pode ajudar na recuperação e na gestão da exploração de peixes das famílias dos badejos, garoupas e vermelhos. Intitulado Spawning patterns of commercially important reef fish (Lutjanidae and Serranidae) in the tropical western South Atlantic, o estudo é de autoria de quatro pesquisadores brasileiros e foi conduzido ao longo de dois anos e meio na região dos Abrolhos, no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo, com o apoio da Conservação Internacional (CI-Brasil) e a participação dos pescadores locais.




Ao contrário do que ocorre em partes do Caribe e na América do Norte, no Brasil (Atlântico Sul ocidental) a informação sobre épocas e locais de reprodução de peixes ameaçados e com grande valor comercial – como é o caso das famílias estudadas – ainda é bastante escassa, prejudicando a regulamentação da pesca comercial. Essa falta de controle, ou a existência de controles inadequados, é um dos principais fatores responsáveis pelo declínio das populações de peixes e da própria produção pesqueira nas águas tropicais do Nordeste do país. No Brasil, além do evidente desaparelhamento dos órgãos que controlam a atividade pesqueira, a formulação de políticas efetivas para conservação e uso sustentável desses recursos ainda depende de informações de qualidade acerca da vida das espécies-alvo da pesca, tais como as épocas e os locais de desova e os tamanhos adequados para a captura.



“Quanto mais conhecermos a biologia das espécies de importância comercial, melhores serão nossas chances de promover seu uso racional”, afirma Rodrigo Moura, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e um dos co-autores do estudo.



Espécies-alvo, metodologia e principais resultados - Na costa tropical do Brasil são encontradas dezoito espécies da família dos serranídeos (badejos e garoupas) e quinze espécies de lutjanídeos (vermelhos e pargos). A pesquisa concentrou-se nos ciclos reprodutivos das espécies com produção pesqueira mais expressiva na região de Abrolhos, três serranídeos – a garoupa (Epinephelus morio), o badejo (Mycteroperca bonaci) e o catuá ou jabú (Cephalopholis fulva) – e cinco lutjanídeos – o ariocó (Lutjanus synagris), o dentão (L. jocu), a cioba (L. analis), a guaiúba (Ocyurus chrysurus) e o realito (Rhomboplites aurorubens).



“As duas famílias pesquisadas reúnem alguns dos peixes de maior importância para a pesca e a gastronomia no Brasil”, aponta Matheus Freitas, biólogo e doutorando em Ecologia na Universidade Federal do Paraná. “É importante ressaltar que elas são também extremamente valiosas sob o aspecto ecológico, tendo um papel importante na manutenção do equilíbrio nos recifes coralíneos”.



De maio de 2005 a outubro de 2007, os estudos envolveram a identificação das espécies, a medição, a pesagem e a verificação do sexo e maturação das gônadas de peixes desembarcados nos municípios de Prado, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa, no sul da Bahia. Ao todo, foram analisados 3.528 peixes das oito espécies selecionadas para o estudo. “A partir da observação de fatores como consistência, tamanho, cor e vascularização das ovas em milhares de peixes desembarcados ao longo de mais de dois anos, pudemos investigar quando os peixes estavam em fase de desova”, explica Freitas. A análise possibilitou também identificar o tamanho mínimo a partir do qual as espécies estão aptas a se reproduzir.



A conclusão da pesquisa revela que os picos reprodutivos das espécies concentram-se entre os meses de julho e agosto, no caso dos badejos e garoupas; enquanto quase todos os ‘vermelhos’ têm duas etapas reprodutivas anuais: uma mais intensa, entre setembro e outubro, e outra menor, que vai de fevereiro a março. A exceção entre os vermelhos é o realito, cujo período de reprodução ocorre de fevereiro a maio.



A pesquisa aponta também a necessidade de se determinar os locais de desova dessas espécies, visando sua proteção. “Isso não é tarefa fácil e depende de esforços de longo prazo. Continuaremos trabalhando na região para identificar as áreas exatas onde ocorrem as agregações reprodutivas”, esclarece Freitas. Ele explica que, em um contexto no qual os locais de reprodução ainda não foram identificados é necessário usar o conhecimento existente para subsidiar medidas de proteção dos estoques, incluindo uma regulamentação urgente quanto ao tamanho e a época de reprodução.



Fonte:Caravelasnews

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cumuruxatiba: acessos às praias fechados

0 Comentários
CUMURUXATIBA - Proprietários de terrenos localizados na faixa costeira da vila de Cumuruxatiba, distrito de Prado, no extremo sul baiano, vêm bloqueando há cerca de cinco anos, com cercas e muros, o acesso da comunidade local às praias, o que provocou a mudança de hábitos e prejudicou quem vive da pesca.

Ao menos duas propriedades rurais, que ocupam uma extensão de cerca de 1 km de orla, na Barra do Cahy, já foram identificadas. A comunidade afirma que os donos desses terrenos colocaram cercas, cancelas e cadeados na passagem às praias. Assim, o percurso de 500 metros aumentou para mais de 3 km, da estrada até a praia.

Uma das propriedades, a Fazenda Cahy, pertence a Maria Isbela Lemos de Moraes, que recebeu – em 20 de janeiro deste ano – auto de infração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para que retire a cerca que impede o acesso à praia.

Chefe de fiscalização do Ibama em Eunápolis, Henrique Jabor informou que a gerência local do Ibama deu a ordem para derrubar a cerca. “Depois de notificada, a pessoa tem 20 dias para recorrer ou tomar as providências. Não temos certeza se ela recorreu ou retirou a cerca, pois nada consta no nosso sistema ainda”, disse.

Maria Isbela Lemos de Moraes, que não mora na propriedade, não foi localizada por A TARDE. Na fazenda, ninguém estava autorizado a falar. A TARDE tentou contato por telefone com um homem de prenome David, filho de Maria Isbela e responsável pelo terreno, mas não obteve sucesso. Em uma das ligações, uma secretária chamada Bruna disse que ele estava em viagem.

“Vamos fazer uma vistoria no local em breve para ver o que aconteceu. Se não tiver sido retirada a cerca e a proprietária não tiver recorrido, vamos derrubar a cerca”, declarou Henrique Jabor. Outra propriedade que impede a passagem da comunidade é a Fazenda Bela Vista, que seria de um homem de prenome Vitor. A propriedade é cortada por estrada que era usada pela população.

A dona de casa Maria Eulália Oliveira, 47, sente não poder andar pelas terras de acesso à praia. “Sou nascida e criada aqui e nunca vi isso. É uma crueldade danada com a gente”, comentou.

O bloqueio do ingresso às praias vai de encontro às legislações federal e estadual. Em ambas, o livre acesso é garantido. “O Estado tem realizado uma atuação muito tímida sobre a perda do caráter público das áreas”, declarou Ronaldo Freitas Oliveira, chefe da Reserva Extrativista Marinha do Corumbau (Resex), uma unidade de conservação federal.

O Ministério Público Estadual (MPE) tentará, no mês que vem, que seja assinado de forma amigável com os donos das propriedades rurais um termo de compromisso. Donos de áreas como Japara Grande e Praia do Moreira acabaram cedendo e liberaram o acesso após audiência pública realizada pelo MPE em janeiro deste ano.Fonte; Jornal a Tarde

terça-feira, 15 de março de 2011

A energia do apocalipse

0 Comentários
Investir em usinas nucleares sempre foi arriscado. O que acontece agora no Japão é só mais um exemplo do perigo que a insistência de governos pode causar à humanidade


 
 
 
 
 
 
 
zoom Usina Nuclear de Kashiwazaki Kariwa no Japão © Greenpeace / Jeremy Sutton-Hibbert




Pouco mais de 24 horas após o anúncio do vazamento radioativo na usina nuclear de Fukushima, o balanço dos fatos já assusta. Mais de 210 mil moradores da região onde fica a planta tiveram que ser evacuados e outros 160 estão sendo mantidos em quarentena pelas autoridades, que receiam o risco de contaminação por radiação. Ninguém escapa, crianças, adultos, idosos, animais, plantas. Tudo e todos que estavam ao redor da usina correm o risco de serem afetados pelo vazamento. Isso por que, segundo informações anunciadas pelo governo japonês, a usina não foi planejada para aguentar tremores superiores a 7,9 graus na escala Richter, bem abaixo da intensidade do terremoto que atingiu o Japão, que foi revista hoje para 9 graus.

As consequências podem ser devastadoras. "O impacto da liberação de radiação ao meio ambiente não impacta apenas a população diretamente afetada na área. A radioatividade perdura por várias gerações, tanto em organismos humanos, quanto em terras que deixam de produzir alimentos ou servir de moradia a populações, como foi o caso em Chernobyl", disse o responsável pela campanha de energia do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo.

Em reportagem publicada no jornal americano New York Times, especialistas já haviam alertado que a usina não estava funcionando adequadamente logo em seguida ao terremoto. A reportagem relata que quantidades de césio foram detectadas, uma indicação clara de que o combustível que alimenta a planta já estava danificado.

Apesar disso, as autoridades se mantiveram inertes por horas até ordenarem a evacuação da área. Horas essas valiosas para a vida de milhares de pessoas. Para Baitelo, a falta de informações claras das autoridades é um dos principais problemas num caso como esse. "As informações que chegam das autoridades são desencontradas. Percebe-se clara falta de transparência quando o governo japonês diz que a situação está sob controle, quando na verdade ainda há um risco ainda iminente de derretimento do núcleo de dois reatores e a probabilidade de mais vapores radiotivos serem liberados ao meio ambiente para o controle da temperatura dos reatores".

No Brasil, apesar de termos "apenas" duas usinas - número irrisório se comparado ao Japão, que possui 55 plantas - o problema não é diferente. Transparência é palavra rara no vocabulário dos administradores do complexo nuclear brasileiro, que não assumem a responsabilidade, por exemplo, da contaminação provocada pela mina de urânio de Caetité. Por aqui a fiscalização e a regulação do setor nuclear cabem ao mesmo órgão, o Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN), trazendo uma série de contradições entre o desenvolvimento dessas atividades e a garantia da segurança das operações. "A contradicao é que o mesmo setor que promove atividades nucleares e que quer se expandir é aquele que tem que fiscalizar e coibir atividades ilegais e infrações, o que obviamente acaba nunca acontecendo", afirma Baitelo.

Ainda assim o governo brasileiro planeja construir oito novas usinas nos próximos 20 anos. E como se não bastasse, o ilustríssimo ministro de Minas e Energia Edson Lobão, junto com a Eletronuclear, tem ambições ainda maiores: a divulgação de um estudo com 40 locais que poderiam receber plantas nucleares. Para especialistas, está mais do que provado que o Brasil não precisa conviver com os riscos da energia nuclear.

Mais risco

As últimas informações divulgadas pelo governo japonês mostram que o receio de uma tragédia nuclear de proporções ainda maiores está longe de ser resolvido. Segundo a Folha de S. Paulo, outras duas usinas apresentaram problemas em seus sistemas de refrigeração, o que aumenta as chances de novos vazamentos radioativos ocorrerem. De acordo com anúncio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as plantas de Tokai e Onagawa estão recebendo atenção especial de técnicos que tentam esfriar com água do mar os reatores superaquecidos, o que é considerado por estudiosos um ato de desespero. "A situação se tornou tão crítica que não tem mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à água do mar", disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington.


E se o recurso "último e extremo" não for suficiente para manter a situação sob controle? E se outro vazamento radioativo acontecer? O resultado já pode ser visto agora: populações inteiras sendo deslocadas, inocentes correndo o risco de contaminação. Investir em usinas nucleares sempre foi perigoso e o que acontece agora no Japão é só mais um exemplo do que a insistência dos governos pode causar à humanidade. "Infelizmente estamos vivendo mais uma prova real de que a energia nuclear é uma fonte extremamente perigosa, capaz de impactar a vida de milhares de pessoas", disse Baitelo.

O plástico ficou ecológico

0 Comentários
Matérias-primas renováveis como cana-de-açúcar e milho são usadas para produzir plásticos menos agressivos ao meio ambiente

No tempo que você levará para ler esta reportagem, cerca de 50 000 sacolinhas plásticas serão consumidas no Brasil. A média nacional é de 1,5 milhão por hora. Embora representem pouco individualmente, os saquinhos de supermercado formam um volume enorme de lixo, que pode demorar vários séculos para se decompor no ambiente. Como reduzir o impacto causado pelo plástico na natureza é uma preocupação crescente. Por isso, ganham cada vez mais espaço as iniciativas de produzir plástico a partir de matérias-primas renováveis, como a cana- de-açúcar e o milho.


Universidades e empresas trabalham em projetos conjuntos para identificar novos materiais e formas de melhorar as aplicações dos plásticos de origem renovável. Existem várias linhas de pesquisa e produção, que geram produtos recicláveis e/ou biodegradáveis. Uma peça plástica que será usada por muitos anos, por exemplo, não precisa ser biodegradável, mas é importante que seja reciclável. Já uma sacola de supermercado, que provavelmente será usada para acondicionar lixo doméstico, deve ser biodegradável.

Nos laboratórios da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, os pesquisadores produzem plásticos a partir de amido de mandioca. Os estudos já são feitos há dez anos e nos últimos quatro eles passaram a incorporar também uma porcentagem de fibra de cana-de-açúcar. “Começamos a ver que havia dificuldades na produção porque a mistura não era adequada para o processo industrial”, diz Fábio Yamashita, professor do departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UEL. Mais recentemente, os pesquisadores decidiram misturar o amido de mandioca a um polímero fabricado pela Basf ainda com origem petroquímica, o Ecoflex. O resultado foi um produto com algumas das características de que a indústria precisa.

Com a mistura foi possível testar o uso do plástico biodegradável em atividades no campo. Os principais usos até agora foram para a cobertura de campos para a plantação de morango, o ensacamento de goiabas na fase de crescimento, para evitar o ataque de pragas, e a embalagem de mudas de plantas medicinais, em saquinhos que geralmente são retirados antes do plantio. Os testes nos campos de morango foram feitos em escala commercial e mostraram que é preciso calibrar a velocidade de degradação do filme plástico. “Ele começou a se deteriorar antes do tempo”, afirma Yamashita. Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior paulista, há estudos na mesma linha. A engenheira de materiais Marília Motomura trabalhou com amido de mandioca, fibra de coco e serragem de madeira. Ela misturou as matérias-primas ao Ecoflex para ampliar as opções de uso do plástico biodegradável, que pode ficar mais rígido ou flexível, por exemplo. Essas características são fundamentais para determinar que tipo de produto final é possível produzir. “A aplicação ainda é restrita. Apenas as peças feitas por processo de extrusão já estão sendo vendidas”, diz Marília.

A INDÚSTRIA INVESTE PESADO

Diante da demanda global por attitudes mais verdes, as empresas precisaram se munir de alternativas para oferecer ao mercado. A Braskem, oitava maior petroquímica do mundo, abriu em setembro do ano passado sua primeira filial destinada a produzir apenas plástico verde. A fábrica, que fica em Triunfo, no Rio Grande do Sul, recebeu 500 milhões de reais de investimento e tem capacidade de produzir 200 000 toneladas anuais de plástico verde. A estratégia adotada pela Braskem é usar etanol como matéria-prima. FONTE.Planeta sustentavel.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Maracujá cresce em formato de órgão sexual masculino no Maranhão

0 Comentários
Pesquisadores da Embrapa acompanham amadurecimento do fruto. Dona de casa plantou semente em um balde, em São José de Ribamar.
G1

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão acompanhando, há pouco mais de um mês, o desenvolvimento de um maracujá que cresce em formato de órgão sexual masculino. O fruto foi plantado há dois anos pela dona de casa Maria Rodrigues de Aguiar Farias, 53 anos, em um balde, no quintal de sua casa, em São José de Ribamar (MA).

Segundo relato feito por ela aos pesquisadores da Embrapa, o fruto nasceu apenas em janeiro com o formato de pênis. "Ela nos disse que o maracujá surge no formato ovalado e depois se desenvolve com aquele formato. É a primeira vez que temos notícias de um fruto com essas características aqui no Maranhão", disse Marcelo Cavallari, pesquisador de recursos genéticos vegetais da Embrapa.



Cavallari afirmou ainda que a dona de casa recebeu da filha a semente do maracujá. "Nenhuma das duas viu como era o fruto originário, o que poderia nos ajudar na pesquisa. Não temos como confirmar o que realmente aconteceu com o maracujá, mas acreditamos que possa se tratar de uma mutação genética. Como todos os frutos têm o mesmo formato, a possibilidade de má formação é menos possível."



Maracujá cresce em formato de orgão sexual masculino em São Jose de Ribamar (Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press)

Os maracujás que estão no quintal da dona de casa têm a coloração verde. "O aspecto é saudável, não está doente. Tirando o formato, é sadio. O tempo de maturação costuma ser de um mês a um mês e meio, mas está demorando mais para amadurecer", disse Cavallari.

Filomena Antonia de Carvalho, coordenadora de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Maranhão, visitou a casa de Maria Rodrigues ainda em janeiro deste ano. "Não temos condições de avaliar o que aconteceu com o maracujá, por isso acionamos os pesquisadores da Embrapa. Fizemos, então, uma segunda visita ao local com eles."


"É bem grande, é bem grosso mesmo. Chega a ter entre 15 e 20 centímetros de comprimento. Não há motivo para que o maracujá não seja consumido por causa do formato, mas também não sabemos como é por dentro", disse Cavallari.

Ele explicou que a existência do maracujá com formato de pênis chamou a atenção de moradores da região, o que teria assustado Maria Rodrigues e dificultando o acesso científico ao fruto. "Para que possamos fazer uma pesquisa mais detalhada sobre o que aconteceu com o maracujá, ela precisa assinar um termo de anuência prévia de provedor, o que nos permitirá fazermos análises com o fruto. Estamos em fase de conversação, já que ela está assustada com a movimentação na casa dela.


Cavallari disse que pode fazer uma pesquisa no Banco de Germoplasma “Flor da Paixão”, no Distrito Federal, que abriga a maior coleção de passifloras (maracujás) do mundo, segundo a Embrapa. O acervo é de mais de 150 espécies de maracujá. "Só fazendo um comparativo para poder entender melhor o que ocorreu com o fruto e saber se houve outros registros semelhantes no país".

quarta-feira, 2 de março de 2011

Turismo ecológico

0 Comentários
Segmento comemora o dia de hoje, com atrações de sobra no Brasil

Hoje é Dia do Turismo Ecológico. E o Brasil tem opções de sobra para quem deseja viajar e estar em contato com a natureza. O projeto Trilhas de São Paulo (http://www.trilhasdesaopaulo.sp.gov.br/), por exemplo, lista todos os lugares para fazer caminhadas no Estado, divididos por nível de dificuldade (baixo, médio e alta) e por região.



Ao todo, são cinco parques estaduais (Campina do Encantado, Ilha Anchieta, Ilhabela, Ilha do Cardoso e de Campos do Jordão) que participam do projeto. Afora isso, tem o Ecoturismo na Mata Atlântica, desenvolvido no Parque Estadual Turístico do Vale do Ribeira e em suas
inúmeras trilhas em cavernas












(http://homologa.ambiente.sp.gov.br/ecoturismo/mataatlantica/noticias/2007/09/280907.asp).

Mas no Brasil, há que se dizer, também existem os parques nacionais, espalhados de Norte a Sul do País. Dá para escolher regiões de montanha, florestas, ou mesmo no interior do interior do território nacional.



As atrações vão de banhos de cachoeira à trilhas no meio da mata e interação com animais silvestres. No Sul do Brasil, tem o Parque Nacional do Iguaçu, famoso por suas cataratas, e, no extremo oposto, o Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, onde dá até para nadar ao lado de botos-cor-de-rosa.



Todos são administrados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), confira, abaixo, os principais atrativos de algumas unidades.

Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná – Tombado como Patrimônio Mundial Natural da Humanidade, é uma das maiores reservas florestais da América do Sul. As cataratas são, indiscutivelmente, a grande atração da unidade.

São 275 quedas, que se estendem por quase cinco quilômetros do Rio Iguaçu. Brasileiros pagam 22,15 por pessoa, já incluídos ingresso, transporte e contribuição para o Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu.



Turistas de países do Mercosul têm que arcar com R$ 31,15 e visitantes de outros países, R$ 37,15. Para os moradores dos 14 municípios do entorno do Parque Nacional do Iguaçu, o preço é de apenas R$ 7. Crianças até 12 anos só pagam a tarifa de transporte, no valor de R$ 6,15. Os idosos a partir de 60 anos, brasileiros ou naturalizados, também estão isentos do pagamento de ingresso. Eles pagarão apenas a tarifa de transporte, no valor de R$ 6,15.



Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro – Apesar de ser o segundo menor em área, ele está localizado em pleno coração da Cidade Maravilhosa. É o mais visitado do País. Cerca de 2 milhões de pessoas vão até o Corcovado, onde está o Cristo Redentor (considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno). Outros pontos de destaque do parque são a Estrada das Paineiras, repletas de pequenas cachoeiras; a Mesa do Imperador (onde D. Pedro II costumava fazer pique-niques); a Vista Chinesa, de onde se tem uma bela visão da Zona Sul do Rio; e o Alto da Boa Vista, onde fica a Cascatinha e outras cachoeiras, além de inúmeras trilhas. Afora o Corcovado, onde fica o Cristo Redentor, os demais atrativos têm acesso livre.
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Pernambuco –Considerado o paraíso na terra, o arquipélago possui diversas praias com águas verde-esmeralda. Duas delas, inclusive, estão na lista das mais bonitas do Brasil: a Praia do Sancho e a Praia do Leão. Do mirante da Baía dos Golfinhos, os visitantes podem assistir às manobras dos animais entrando no parque ao alvorecer do dia. Um espetáculo que jamais será esquecido. O valor dos ingressos é de R$ 65,00 para brasileiros e R$ 130,00 para estrangeiros. Vale por 10 dias e dá ao visitante o direito de acessar todas as áreas destinadas ao uso público. Os serviços especializados são contratados à parte.




Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Estado do Rio de Janeiro – Tido como um dos melhores locais do País para a prática de esportes de montanha (como escalada, caminhada e rapel), a unidade é repleto de cachoeiras, onde o visitante pode se refrescar após um passeio pelas trilhas que cortam remanescentes de Mata Atlântica. Localizado na região serrana do Rio de Janeiro, entre as cidades de Teresópolis e Petrópolis, tem a maior rede de trilhas do Brasil. São mais de 130 quilômetros, em todos os níveis de dificuldade. Entre as escaladas, destacam-se o Dedo de Deus, considerado o marco inicial da escalada no País, e a Agulha do Diabo, escolhida como uma das 15 melhores escaladas em rocha do mundo. A entrada principal do Parque Nacional da Serra dos Órgãos fica na área urbana de Teresópolis, na Avenida Rotariana s/nº (que interliga a BR 116 Rio-Bahia, na altura do km 89,5, à cidade), com acesso bem sinalizado.



Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás – Cachoeiras, canyons e corredeiras fazem parte dos atrativos deste lugar. O acesso é feito por duas trilhas, cada uma com percurso de 6 quilômetros em média (o que dá 12 quilômetros ida e volta). Recomenda-se que cada trilha seja feita em um dia. Para quem procura atrações para todas as idades e todos os gostos, este é o lugar. O parque também preserva áreas de antigos garimpos, como parte da história local. Em 2001, foi declarado Patrimônio Mundial Natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Outras informações no site www.icmbio.gov.br/parna_veadeiros. A unidade fica a 260 quilômetros de Brasília (DF) e a 480 quilômetros de Goiânia (GO). Desde 2009, o acesso ao parque está isento da cobrança de ingressos. É cobrado apenas o acompanhamento do guia.

Parque Nacional Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso – Os principais atrativos são o Circuito das Cachoeiras, Morro do São Jerônimo e Vale do Rio Claro, que podem ser acessados por trilhas, a maioria em área de Cerrado. Recomenda-se evitar a visita nos horários mais quentes do dia, entre 11h e 15h; usar calçados adequados para caminhadas (resistentes e confortáveis), boné ou chapéu e protetor solar; levar água, repelente, lanche, embalagem para acondicionar lixo, roupa de banho, telefone celular com bateria carregada e o número da administração do Parque para qualquer emergência. Para mais informações acesse: www.icmbio.gov.br/parna_guimaraes. Atualmente a entrada é franca, respeitando-se os horários e normas de funcionamento de cada atrativo.


Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia – Esse parque protege o arquipélago de Abrolhos, o maior banco de corais do Atlântico Sul. É formado por cinco ilhas, porém, só é permitido o desembarque e visita em uma delas, a Siriba. As maiores atrações, portanto, ficam na água. Nos mergulhos, pode-se apreciar os recifes e toda a fauna marinha. A observação de baleias-jubarte é a grande diversão dos passeios de barco, mas não agora no período de Carnaval (elas só aparecem entre julho e novembro). Não há cobrança de ingresso, mas para chegar ao banco de corais é preciso contratar embarcações (catamarãs) credenciadas que fazer o passeio.


Parque Nacional Lençóis Maranhenses, no Maranhão – Com 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais, o lugar é um raro fenômeno geológico, formado ao longo de milhares de anos através da ação da natureza. Suas paisagens são deslumbrantes: imensidões de areias que fazem o lugar assemelhar-se a um deserto. Mas com características bem diferenciadas. Na verdade chove na região, que é banhada por rios. E são exatamente as chuvas que garantem aos Lençóis algumas das suas paisagens mais belas: as lagoas que se formam, como Azul e Bonita, famosas também pelas condições de banho. O acesso é feito pela cidade de Barreirinhas, situado no litoral oriental do Maranhão, a cerca de 260 quilômetros da capital, São Luís. Não há cobrança de ingressos.


Parque Nacional de Ubajara, no Ceará – Os principais atrativos são trilhas, grutas e cachoeiras. Mas o mais legal é o passeio de teleférico. O bondinho suspenso por cabos de aço leva os visitantes ao alto do mirante, de onde se pode apreciar uma das paisagens mais bonitas da Caatinga. O teleférico leva também à entrada da Gruta de Ubajara, uma das maiores do Brasil, repleta de formações rochosas esculpidas pela água que escorre das paredes há milhões de anos.

O acesso ao seu interior é limitado a 300 pessoas por dia, com grupos de 12 pessoas de cada vez, em intervalos de 15 minutos entre cada grupo. Saindo de Fortaleza, o acesso é pela BR 222 até o município de Tianguá. De Tianguá até a cidade de Ubajara, onde fica a entrada do parque, são 17 km pela Rodovia da Confiança (CE 187). Saindo de Teresina, o melhor caminho é pela BR 343 até o município de Piripiri (PI), de onde se pega a BR 222 até o município de Tianguá. A entrada é de graça. O visitante para apenas pelos serviços de guia (R$ 4 por pessoa) e do teleférico (também R$ 4). A visita à gruta e os passeios nas trilhas só são permitidos com o acompanhamento de guias.



Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas – Passeio de barco, por inúmeras praias e ilhas. Mas o maior atrativo da unidade, sem dúvida, é poder avistar os botos-cor-de-rosa. Em Novo Airão, num deck flutuante no rio, os visitantes podem interagir com esses dóceis animais. Anavilhanas é considerado o maior arquipélago fluvial do mundo. A ida até o parque se dá a partir de Manaus. Pode-se ir de carro ou de barco. Não há cobrança de ingressos. No site do ICMBio também é possível conferir todos os nacionais no http://www.icmbio.gov.br/menu/turismo-nos-parques.



Fonte: EPTV.com/emissoras