PORTO
SEGURO - No último dia 30/06, a RPPN Estação Veracel recebeu uma ave rara para
reabilitação e posterior devolução à vida livre. Trata-se de um gavião-real,
também conhecido como harpia, resgatado no interior da fazenda Sertaneja, em
Vera Cruz, distrito de Porto Seguro.
Com a indicação da comunidade, a ave foi resgatada pela Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental (CIPPA), e levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA, na região. Após a realização de exames, a harpia foi transferida para um recinto especial e está sob os cuidados dos especialistas do Projeto Harpia na Mata Atlântica, sediado na RPPN Estação Veracel, Porto Seguro.
Com a indicação da comunidade, a ave foi resgatada pela Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental (CIPPA), e levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA, na região. Após a realização de exames, a harpia foi transferida para um recinto especial e está sob os cuidados dos especialistas do Projeto Harpia na Mata Atlântica, sediado na RPPN Estação Veracel, Porto Seguro.
A harpia
foi considerada um indivíduo jovem, com idade estimada entre 2 e 3 anos. Depois
dos primeiros cuidados oferecidos pelo IBAMA, a ave foi submetida a uma análise
técnica sobre sua capacidade física, como parte dos procedimentos de inserção
ao Programa de Conservação do Gavião-real (PCGR), por meio do Projeto Harpia da
Mata Atlântica.
De acordo com o médico veterinário, Thiago Habib Almeida, foram realizados todos os procedimentos exigidos pelos especialistas, e o diagnóstico para a harpia foi o melhor possível. “Fizemos radiografias dos membros e tórax, medimos todas as partes do corpo, conferimos o peso e ainda realizamos alguns exames de sangue específicos. A ave se encontrava um pouco debilitada, mas acredito que terá uma boa recuperação em cativeiro”, complementa o veterinário.
De acordo com o médico veterinário, Thiago Habib Almeida, foram realizados todos os procedimentos exigidos pelos especialistas, e o diagnóstico para a harpia foi o melhor possível. “Fizemos radiografias dos membros e tórax, medimos todas as partes do corpo, conferimos o peso e ainda realizamos alguns exames de sangue específicos. A ave se encontrava um pouco debilitada, mas acredito que terá uma boa recuperação em cativeiro”, complementa o veterinário.
No
harpiário da Estação Veracel, a ave passará por uma fase de reabilitação que
deve levar alguns meses, por meio de um isolamento sonoro e visual para a
manutenção de seus instintos primários, pois o objetivo é que a ave retorne ao
local de origem. “Esse isolamento é extremamente necessário para que ela possa
manter alguns hábitos específicos da espécie. Este recinto foi projetado de
forma a permitir o contato das aves prioritariamente com a natureza”, destacou
Ligia Mendes, gestora da Estação Veracel. Essa estrutura já recebeu duas outras
harpias em processo de reabilitação. Ambas já devolvidas e reintegradas à
natureza.
Segundo o
biólogo da Associação Brasileira de Falcoeiros e Preservação de Aves de Rapina
(ABFPAR), Jorge Sales Lisboa, estes procedimentos fazem parte das ações de
recuperação e reabilitação das aves para o retorno ao seu habitat natural.
“Esta é uma das fases mais importantes do processo. É na reabilitação que a ave
vai ganhar força muscular para alçar novos vôos, reaprender a caçar, entre
outras questões específicas à vida selvagem. Neste harpiário e com o
acompanhamento dos especialistas, a reintegração desta ave à natureza torna-se
muito mais eficiente”, afirma o biólogo.
O
registro desta harpia jovem é uma evidência de que a população desta espécie
está conseguindo reproduzir nesta região da Floresta Atlântica brasileira.
O Projeto
Harpia na Mata Atlântica é uma iniciativa voltada para a pesquisa,
reabilitação, reintegração, e conservação da população de harpias de vida livre
que habitam as matas dos fragmentos florestais da RPPN Estação Veracel, da
CEPLAC e do PARNA Pau-Brasil, no Extremo Sul da Bahia. E graças ao apoio da
Veracel Celulose, em parceria com a INPA, INPE, IBAMA, ICMBIO, CIPPA, SOS
Falconiformes, ABFPAR e CRAX, o projeto vem possibilitando a inclusão destas
aves no Programa de Conservação do Gavião-real, e a reintegração com sucesso
destes animais à natureza.
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