quinta-feira, 19 de maio de 2011

O modelo Bonito

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Como a cidade do Mato Grosso do Sul consegue preservar sua natureza sem rechaçar o turismo


Normalmente é assim: um lugar com atrações naturais exuberantes um dia se torna destino badalado. Operadores de turismo passam então a comercializá-lo e, com o tempo, a cidade é invadida pelo turismo de massa. Logo, a natureza começa a pagar a conta. Mas isso não se deu com Bonito. Campeão histórico do Prêmio VT na categoria destino de ecoturismo, o lugar encanta por suas águas límpidas e pela fauna que a habita. A novidade de Bonito é que o município não tem áreas de preservação ambiental.

Há um parque nacional, o da Serra da Bodoquena, nos arredores, mas as principais atrações da cidade ficam fora dele. O controle estrito de visitação - com preços acima da média das atrações brasileiras - e o sistema de comercialização, exclusivo de agências credenciadas, ajudam a evitar que o lugar siga o mau caminho.

Nem mesmo o número cada vez maior de turistas - em 2010, foram à cidade 276 mil deles, 106 mil a mais que dois anos antes - parece representar uma ameaça. Para especialistas, o modelo de Bonito, com muitas das decisões sobre o turismo nas mãos da iniciativa privada, joga a favor da preservação. Edgar Werblowsky, da operadora especializada em destinos de aventura Freeway, é um adepto. "Os proprietários cuidam bem dessas terras, pois sabem que, do contrário, o retorno econômico não vem." Para o consultor de ecopolítica Sérgio Abranches, "é mais fácil as coisas darem certo em Bonito.

A maioria das trilhas é feita a pé, o que impacta bem menos". "Em Fernando de Noronha", segue ele, "é um absurdo a quantidade de bugues e pousadas que são construídas sem licenciamento." Para ir às principais atrações de Bonito, como o Abismo Anhumas - a maior caverna submersa do mundo -, a famosa gruta do Lago Azul e as flutuações e os mergulhos nos rios Formoso e da Prata, é preciso comprar um voucher. "Com ele, a arrecadação é dividida entre os gestores envolvidos e há um controle absoluto sobre quantas pessoas estão fazendo os tours", diz Lucila Egydio, bióloga e especialista em ecoturismo. Bonito ainda conta com 120 guias profissionais, além de uma equipe de geólogos e biólogos que trabalha para monitorar o impacto que a visitação causa no meio ambiente.

Fonte: Planetasustentável.

Aberta a temporada de observação de baleias no litoral baiano

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Neste período do ano turistas podem observar a passagem de baleias pelo Brasil / Foto: Divulgação


Formada pelas cidades de Prado, Alcobaça, Caravelas, Nova Viçosa e Mucuri, a região da Costa das Baleias, ao sul da Bahia, é uma das responsáveis por fazer do estado um dos mais encantadores do país. Entre os meses de julho e novembro, como o próprio nome sugere, o local paradisíaco é ideal para a observação de baleias e o parque marinho dos Abrolhos é o principal palco para esta aventura inesquecível.

As águas de Abrolhos reservam aos mergulhadores alguns dos visuais mais marcantes da costa brasileira como a observação de baleias jubartes (Megaptera novaeangliae). Uma espécie conhecida pelas longas nadadeiras peitorais e por fazer acrobacias fora da água. Esses animais podem chegar a 16 metros de comprimento e a pesar cerca de 40 toneladas e são frequentadores do local na época da reprodução. Recifes de corais imensos e coloridos, cavernas submarinas e uma vasta quantidade de peixes tornam o espetáculo ainda mais irresistível. Tartarugas marinhas também são facilmente vistas na região.

Além da observação de baleias e do mergulho, comum a todos os municípios que compõem a Costa das Baleias, as cidades reservam ainda outros atrativos naturais perfeitos para a prática das atividades de aventura. Em Prado, os manguezais nas margens do Rio Jucuruçu servem como pano de fundo para os canoístas. Já as quase desertas praias de Caravelas são um convite aos amantes do trekking.

A apreciação da natureza pelas trilhas da ilha da Barra Velha, em Nova Viçosa, é um verdadeiro espetáculo a céu aberto. As piscinas naturais da Praia da Barra, em Alcobaça, são as mais requisitadas pelas crianças. Do lado de fora, garças se juntam ao público e assistem ao cenário natural estonteante. Enquanto em Mucuri o cicloturismo é uma das atividades oferecidas.

Estes destinos são contemplados pelo Programa de Promoção e Comercialização Nacional da ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), que trabalha para fortalecer o segmento e reforçar o potencial do Brasil para oferta segura e responsável de atividades de Ecoturismo e Turismo de Aventura.



Fonte: ASCOM Abeta

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Exposição 'Se eu fosse uma floresta'

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Quantas pessoas tem o privilegio de vivenciar uma experiência com a Mata Atlântica e seus moradores? Esta é a proposta da exposição de educação ambiental “Se eu fosse uma floresta” que será aberta ao público a partir do dia 13 de maio de 2011, na RPPN Estação Veracel, em Porto Seguro.

Por meio de esculturas e cenários interativos, o visitante será estimulado a pensar sobre a realidade da fauna e flora da floresta. Réplicas de animais, plantas e pessoas criam um ambiente adequado para o uso didático, apresentando conceitos e orientações básicas de preservação ambiental em comemoração ao “Ano Internacional das Florestas”.

De acordo com a coordenadora do Programa de Educação Ambiental da Veracel, Virginia Camargos, a exposição é uma proposta educativa ao ser humano, para que ele assuma o estado das coisas e seres, transformando-se nos mais diversos elementos: semente, papel, harpia, anta, cobra, mangue, livro, formiga, suçuarana, palmeira.

“Assim vivenciar os ciclos da natureza e descobrir soluções a partir da compreensão dos significados e relações dos objetos interpretados dentro de uma cultura de sustentabilidade”, explicou Camargos.

Segundo a bióloga Lígia Mendes, responsável pela RPPN, a expectativa da equipe de educadores ambientais da empresa é encantar o público com a exuberância dos elementos da natureza.

Além da visitação pública, a exposição receberá grupos de professores dos 10 municípios onde a empresa atua para seminários e oficinas. O tour é guiado por monitores e depende de agendamento prévio dos grupos.

Após a temporada na RPPN, a exposição será transferida para o Terminal Marítimo de Belmonte, ampliando a condição de acesso de mais pessoas na Costa do Descobrimento.

Como se sentiria? O que faria para a preservação da vida no Planeta? E se você fosse uma onça-pintada, animal ameaçado de extinção, ou uma árvore da Mata Atlântica? Qual seria o seu apelo? A exposição apresenta estes e outros convites inusitados ao visitante.

Ela estará distribuída em um espaço especial dedicado às práticas de educação ambiental, em uma “sala de aula” viva que é a Estação Veracel. Uma das maiores reservas particular do patrimônio natural (RPPN) do nordeste brasileiro, reconhecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), e declarada como Sítio do Patrimônio Mundial Natural, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Com 6.069 hectares nos municípios de Porto Seguro e Cabrália, a RPPN Estação Veracel se destina à atividades de educação ambiental e à pesquisas científicas, abrigando significativas populações de espécies globalmente ameaçadas e outras de interesse para a conservação.